347 - Sugestão para a criação do projeto de Desenvolvimento Sustentado:
"A Comunidade em Ação" - Para o Departamento de Educação
Ambiental do IBAMA - Por Aquino M. C. - Méd. Veterinário.
O tema Desenvolvimento Sustentado foi alvo na década de 80 de diversos seminários
para a discussão do seu conceito teórico. Mas, infelizmente, pouco se
fez no sentido de identificar, divulgar e implantar, através de um eficiente
sistema de extensão, as poucas atividades existentes, que se incluem dentro
de sua revolucionária filosofia para a sobrevivência.
Apontar as diversas experiências bem sucedidas nas áreas de Energia,
Agropecuária, Saneamento Básico, Comunidades Rurais, Ecoturismo etc, em
todas a atividades desenvolvidas pela sociedade em geral, além de dar ampla e
irrestrita divulgação a elas, deveria, há muitos anos, ser uma prioridade
nacional, pois o binômio DESENVOLVIMENTO x CONSERVAÇÃO já pode ser
considerado, tecnicamente, uma realidade, necessitando, como sempre, apenas da
vontade política.
Em 1986, enquanto assessor tecno-científico da FBCN - Fundação Brasileira
para a Conservação da Natureza, logo após a um acirrado debate num seminário
sobre o tema na UFRJ expus como agora, a necessidade de se apontar e divulgar
idéias práticas para se alcançar a tão almejada sustentabilidade de nossos
recursos naturais. Poucos minutos depois estava rodeado no saguão, de
representantes de vários órgãos: INT - Instituto Nacional de Tecnologia,
CNPq, EMBRAPA, entre outros. Desse bate-papo informal sugeri aos
diversos representantes, a realização de mais um seminário, desta vez, para
reunir responsáveis por experiências pontuais bem sucedidas ou em vias de
implantação nesta área, para se dar pela primeira vez, no Brasil, a devida
importância e divulgação a essas iniciativas, democratizando-se a ciência.
A idéia era organizar um evento anual, publicar anais com os diversos
trabalhos na forma de um livro e buscar amplo apoio dos meios de comunicação
para a divulgação dos trabalhos para o seu conhecimento e adoção por
outras comunidades em todo o território nacional e até no exterior.
Fui eleito coordenador do futuro seminário. Escrevemos juntos um
projeto que basicamente pedia ao CNPq e ao FINEP, conhecidas instituições de
financiamento na época, os recursos necessários para o translado e estadia
dos pesquisadores, pois o nosso trabalho e o apoio logístico para a realização
do seminário já estavam assegurados gratuitamente e para nossa surpresa,
poucas semanas depois, essas instituições classificaram o tema
Desenvolvimento Sustentado e o nosso projeto como Não Prioritário.
Na minha opinião, contemporaneamente, a grave crise econômica por que passa
o país não pode mais ser utilizada como desculpa para protelar ainda mais a
adoção de medidas urgentes para a divulgação de tais atividades.
A Internet, uma das maiores invenções do século passado, já nos permite, a
um custo irrisório, atingirmos este objetivo, que é a reunião de experiências
pontuais e a sua ampla divulgação para a comunidade.
A idéia principal é a criação de um site sobre Desenvolvimento Sustentado,
que reunirá experiências em quase todas as áreas do conhecimento humano
existentes não só no Brasil, mas em todo o planeta. Este site
pioneiro, será fonte de pesquisa obrigatória para pesquisadores,
fazendeiros, empresários, profissionais liberais, estudantes, donas de casa,
ecologistas, enfim, para toda a comunidade em geral, tornando-se num
importante instrumento multiplicador, cujas idéias PRÁTICAS expostas
inspirarão a sua adoção por outras comunidades e com isso, contribuirá
diretamente para a conservação do meio ambiente em que vivemos.
O projeto deverá ser encampado pelo IBAMA, que é o órgão máximo em meio
ambiente no país e o custo para a elaboração e manutenção do projeto será
nulo. Convênios deverão ser firmados com patrocinadores para cobrir, a
priori, as despesas com a criação de um site, a sua manutenção através de
atualizações diárias, a sua hospedagem, uma linha telefônica de alta
velocidade para acesso a Internet e um computador.
Este site disponibilizará diversas salas de bate-papo, sobre temas específicos,
permitindo, além de encontros rotineiros, inclusive, a realização de seminários
virtuais ou videoconferências, que reunirão interessados e autoridades de
todo o mundo, sobre os mais variados temas, a um custo zero, pois ninguém terá que
se deslocar de seu computador para participar.
Além do site serão criadas e moderadas pelo IBAMA e/ou especialistas
convidados, diversas listas de discussão sobre os temas ligados ao
Desenvolvimento Sustentado (energia, saneamento, ecoturismo, etc) o que
permitirá ao IBAMA estar conectado diretamente com o pensamento coletivo em
tempo real.
A criação do Projeto significará a democratização da ecologia, num
linguajar didático e contemporâneo.
A Internet será usada para UNIR, SUGERIR e ajudar a RESOLVER
um de nossos maiores desafios do mundo moderno, o uso racional e sustentado
dos recursos
naturais do planeta.
Numa segunda etapa, a criação de um fundo para o gerenciamento de um Prêmio
Nacional e Internacional para prestigiar as melhores idéias e ações nas
diferentes áreas, a compra de equipamentos, viagens de pesquisa e troca de
experiências, etc deverá ser viabilizado, também, sem ônus ao governo.
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348 - Sugestão para a criação de o Projeto "Conhecer para
Conservar". Para o Departamento de Educação Ambiental do IBAMA -
Por Aquino M. C. - Méd. Veterinário.
O movimento ecológico no Brasil começou há muito mais tempo do imaginamos.
Surgiu ainda no Império, em meado do século XIX, com um decreto que proibiu
a extração da árvore símbolo do país, o Pau-brasil, Caesalphinia
echinata, pois já era crítica a sua situação nessa época, sensibilizando
o próprio Imperador.
Interessante observar que, assim com seu pai, Dom Pedro
II também se
preocupou com o tema meio ambiente, ao baixar outro decreto, desta vez, para
ordenar que fosse realizado um enorme reflorestamento nas degradadas encostas
da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, ocupadas na época por
fazendas de café. Esta empreitada foi levada a cabo por um militar, o Major
Ascher, 8 escravos e uma cozinheira, em apenas 9 anos, mudando radicalmente o
cenário da cidade, o que assegurou ao município, o seu ameaçado
abastecimento de água da época! Contemporaneamente, o atual Parque Nacional
da Tijuca, é a maior floresta urbana plantada do planeta. Um exemplo do
que a determinação pode realizar.
No entanto, pouco se fez no Brasil, além da iniciativa pontual e
particular de alguns idealistas!
A criação da primeira ONG conservacionista do Brasil, ativa até hoje, foi a
Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza - FBCN, no Rio de
Janeiro. Criada na década de 50, teve um papel fundamental no estímulo
da criação de muitas outras ONG ambientalistas em todo o país, o que ajudou
muito para fomentar o debate sobre o tema e evidenciar a sua importância
fundamental para assegurar a sobrevivência das futuras gerações. Além
de ter estimulado a criação de diversos Parques Nacionais, a FBCN firmou
diversos convênios com entidades conservacionistas internacionais, tendo sido
a principal entidade repassadora de recursos para projetos de meio ambiente no
país.
No âmbito governamental, o IBAMA, criado pela fusão da SUDEPE, IBDF e a
SEMA, no ano de 1990, foi outro passo importantíssimo na esfera
governamental. Além de órgão fiscalizador, exerceu um papel
fundamental na sugestão e criação de políticas ambientais e para a
conscientização da população. Hoje, projetos de campo,
comprovadamente produtivos, tem sido decisivos na conservação e educação
da sociedade, como: o Projeto TAMAR, que protege as tartarugas marinhas, ou o
Projeto Peixe-boi, desenvolvidos no Nordeste, ou o Projeto Quelônios Aquáticos,
na Amazônia, entre outros.
Só que, de Pedro I até hoje, muita coisa mudou, especialmente a velocidade
com que o progresso e o desrespeito a legislação ambiental, tem exaurido
muitos de nossos recursos.
Nesse contexto emergencial, o IBAMA tem que adotar, urgentemente, para
manter o seu pioneirismo e principalmente ampliar o efeito multiplicador
de suas ações pelo meio ambiente, que aliar-se, como se fosse uma espécie
ONG Mãe, na coordenação e apoio as iniciativas da sociedade civil, em todo
o Brasil, dando idéias, apoio logístico, ministrando cursos para capacitação
e até reforçando, através da fiscalização, a ação das ONGs
ambientalistas!
Minha sugestão é que esse trabalho seja coordenado, inicialmente, pelo
departamento de Educação Ambiental do IBAMA que, numa interatividade dinâmica
com as escolas do município (municipais, estaduais, particulares) e com o
apoio de ONGs, Museus, Institutos de pesquisas, etc, estimularia a criação
de pequenas entidades nas escolas, compostas pelos próprios alunos, cujas
iniciativas, seriam monitoradas por um professor capacitado e cujo objetivo
seria a defesa de um tema ligado a conservação do meio ambiente, escolhidos
pelos próprios participantes. Por exemplo, poderíamos ter grupos de
estudantes que se dedicariam a proteção da fauna, ou da flora, ou da praça
de seu bairro, ou dos manguezais, da problemática da poluição das praias,
ou a pesquisa e divulgação de energias alternativas, do desenvolvimento
sustentado de comunidades rurais ou carentes, enfim, cada ONG, em cada colégio,
teria liberdade para escolher o que fazer, se atendo, de preferência, pela
realização de ações locais em prol dos problemas de sua região.
Para estimular ainda mais a adesão dos colégios ao Projeto e o
desenvolvimento das ações da várias ONGs, o IBAMA criará, com o apoio do
empresariado (patrocinadores) um Prêmio Anual para o reconhecimentos das ONGs
infanto-juvenis que mais se destacassem no contexto municipal, estadual e
nacional. A divulgação deste projeto e a premiação das ONGs, poderá
se dar pela produção e distribuição de cartazes, mala direta, Internet (em
convênios com os provedores), meios de comunicação em geral, etc...
Para a coordenação discreta e o monitoramento constante desta iniciativa
pelo IBAMA, deverá ser feita a partir da criação de duas listas de discussão
na Internet. Uma apenas para os coordenadores educacionais (professores
nas escolas e os pesquisadores de Museus, ONGs ambientalistas, Institutos de
pesquisas, etc) que poderão discutir entre si, o desenvolvimento do projeto e
outra, para os alunos, onde a presença dos orientadores, que compõem a lista
anterior, seria muito mais discreta, manifestando-se apenas para orientar os
alunos (componentes das ONGs estudantis) em casos de dúvidas.
Outro grande instrumento incentivador das ONGs estudantis
será a criação e
manutenção pelo IBAMA, com o apoio de patrocinadores, de um site do projeto,
que manterá um link das diversas escolas envolvidas, como se fossem pequenos
sites individuais de cada ONG, divulgando através de fotos e artigos
resumidos, o trabalho e a experiência de cada grupo. O site do IBAMA,
elaborado especialmente para o gerenciamento deste projeto, tratará também
de assuntos de interesse geral, divulgando artigos, links de entidades ecológicas,
de projetos do IBAMA e das ONGs ambientalistas do Brasil e do mundo, salas de
bate-papo ecológica, enfim, constituindo-se numa rica fonte de pesquisa
e intercâmbio não só para os alunos e professores dos municípios
envolvidos diretamente no projeto, mas para qualquer pessoa interessada, do
mundo inteiro, que queira pesquisar sobre o tema educação ambiental ou
implantar a experiência em seu estabelecimento ou município.
Com isso, o IBAMA estaria na coordenação geral de todo o Projeto,
dispensando para isso, recursos ínfimos, pois os recursos, que serão
mobilizados para confecção dos cartazes, site, etc, serão ofertados por
patrocinados, em troca da propaganda institucional feitas pelas empresas
participantes no próprio material didático, além do site.
Resumidamente, o custo benefício da iniciativa será extremamente positivo ao
meio ambiente, possibilitando, ainda, a elaboração de um macro-diagnóstico
ambiental dos problemas em todo o país, a um custo zero!
Conhecer para conservar, esse é o desafio, que só a experiência do IBAMA,
junto com a comunidade, poderá enfrentar!
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349 - "Projeto IBAMA Fome Zero" - anônimo
1. Introdução
Objetivo propriamente dita:
A proposta através deste projeto busca uma maior participação e integração,
assegurando uma qualidade de vida melhor para o povo carente atual e de gerações
futuras. Enfocando a conscientização da população no sentido de participação
e solidariedade ao grande número de pessoas necessitadas em estado de pobreza
total, a já visto o grande grau de desperdício em perdas de alimentos
que nosso país se apresenta perante o mundo.
O Projeto visa trabalhar em cima de um produto, algo que
por muitas vezes é
desperdiçado ou até mesmo perdido. Visando também o ensinamento de melhor
aproveitamento do que para muitos se torna resto ou sobra. Implementar um
Programa de Educação Ambiental nas comunidades através de seminários e
oficinas de educação ambiental nos 06 primeiros meses de execução do
Projeto.
Participação Social e Beneficiários:
Com a implantação do Projeto, espera-se que o grupo de beneficiários
atingidos seja bastante amplo, atendendo aos anseios de nosso Presidente e
Coordenadores "Fome Zero". Representantes de comunidades e de
setores da sociedade civil terão a oportunidade de um maior envolvimento e
participação, agindo como multiplicadores e membros atuante neste
processo.
Metas
Benefícios: Alimentos
Técnica de preparo
Meio de comercialização
Outros
Beneficiários: Embarcação Pesqueira
Armadores
Empresários
Doador Anônimo
Outros
Beneficiados: Comunidade Pesqueira
Comunidade Carente
Associação de Bairro
Outros
Recepção do Produto - efetuada pelo Ibama e empresas parceiras
Encaminhamento do Produto para distribuição - O Ibama encaminharia
para os representantes oficiais de cada comunidade ou entidade.
Armazenamento do Produto - da sua chegada ao Ibama seria
com parceria de empresas cabíveis e quando da chegada ao ponto de distribuição
ficaria sob o controle do Receptador designado com vistoria e acompanhamento
do Ibama.
Transporte do Produto - em parceria com empresários.
Produto -
Apreensão: Pescado
Palmito
Madeira
Outros
Doação: Alimentos
Utensílios Domésticos
Não basta apenas darmos o produto, temos também que fornecer o meio para o
preparo do mesmo. Fogão, botijão de gás, panelas, pratos, talheres e
outros.
Imóveis - Rural ou Urbano (para depósitos, sede de distribuição)
Finalidade do Produto - Consumo Direto ou Comercialização
Parceria - Faculdade de Nutrição
Governo federal
Empresa Privada
Desenvolvimento do Projeto - Reunião de Apresentação- IBAMA/DF, Reunião -
Armadores e Pescadores, Reunião - Empresários, Reunião - Faculdades,
Reunião - Comunidade.
Alimentos:
Quando das cargas apreendidas e com destino incerto a tomar, com este projeto,
passarão a serem direcionados para o IBAMA - Fome Zero. Este produto autuado
será qualificado e encaminhado para distribuição direta às
comunidades onde passarão pelo beneficiamento visando os devidos fins , cuja
orientação será realizada por alunos nutricionistas que ensinarão aos
carentes a melhor forma de tratamento ,utilização e consumo. Seja para
consumo direto ou comercialização do mesmo.
Madeira:
Após a apreensão o IBAMA - FOME ZERO trocará o produto por alimento não
perecível, material de construção ou maquinário de cozinha experimental
destinados de imediato e entregue ao responsável pela comunidade. Os
alimentos serão entregues em tempo máximo pré-estabelecido, os demais
materiais terão de ser utilizados em prol a obras de expansão da campanha
junto à população carente recebedora. Sempre com a fiscalização do Ibama.
Equipamentos:
Todo o material apreendido pelo Ibama que possa ser utilizado pelo Projeto será
destinado às comunidades através de seu representante maior, com a supervisão
e acompanhamento da Coordenação do Projeto.
Técnica de Preparo:
Em parceria com a Faculdade de Nutricionista local, será desenvolvido um
trabalho de levar às comunidades sugestões, aperfeiçoamento e técnicas
para novas maneiras de utilização para consumo e comercialização do
produto recebido do IBAMA-FOME ZERO. Como exemplo: hamburguer de peixe,
farinha de peixe e outros.
Estes projetos nutricionais serão desenvolvidos com o acompanhamento
direto do Ibama.
Meio de Comercialização