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Resultados das quantificações sangüíneas
dos produtos químicos (181 moradores avaliados)
Inseticidas Organoclorados
Hexaclorociclohexano
(HCH ou “BHC”) e isômeros
O alfa – HCH: foi quantificado em 04 pessoas, 02% destes 181 moradores avaliados, variando de 0,05 a 0,14 micrograma/litro.
O beta – HCH: foi quantificado em 04 pessoas, 02% destes 181 moradores avaliados, variando de 0,04 a 0,48 micrograma/litro.
Os isômeros delta – HCH e gama – HCH não foram quantificados no sangue destes 181 moradores avaliados, acima do limite de quantificação.
Heptacloro: foi quantificado em um morador, que é uma criança de 10 meses de idade, no valor de 0,08 micrograma/litro.
Heptacloro epóxido: foi quantificado em 28 pessoas, 15% destes 181 moradores avaliados, sendo que 21% destas pessoas são crianças.
Dosagens sangüíneas quantificadas:
Mínima: 0.02 micrograma/litro.
Máxima: 0.48
micrograma/litro.
Média:
0,09 micrograma/litro.
ALDRIN
Aldrin: foi quantificado em 20 pessoas, 11% destes 181 moradores avaliados, sendo que 25% destas pessoas são crianças.
Dosagens sangüíneas quantificadas:
Mínima: 0,01 micrograma/litro.
Máxima: 0,37 micrograma/litro.
Média: 0,08
micrograma/litro.
Aldrin por ser rapidamente convertido para Dieldrin no sangue humano, é quantificado em exposição recente a este contaminante ambiental.
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Endrin: não foi quantificado no sangue dos 181 moradores avaliados, acima do nível de quantificação.
Endrin aldeído: foi quantificado em 04 pessoas, 02% destes 181 moradores avaliados, variando de 0,31 a 3,42 microgramas/litro, sendo que 03 destes são crianças.
Endrin cetona: foi quantificado em 03 pessoas, 02% destes 181 moradores avaliados, variando de 0,03 a 0,09 micrograma/litro, sendo que 01 destes é criança.
Os metabólitos do Endrin quantificados podem ser produtos da metabolização do próprio Endrin no organismo dos moradores, ou terem sidos absorvidos do ambiente já na forma destes metabólitos.
Nesta análise, Endrin e seus metabólitos foram quantificados em 07 pessoas, sendo 57% destas crianças, sugerindo haver uma fonte de exposição recente a estes contaminantes ambientais.
Estes 07 moradores foram pontuados no mapa a seguir.
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Dieldrin: este metabólito do Aldrin não foi quantificado no sangue dos 181 moradores avaliados acima do nível de quantificação, porém não significando que estes moradores não tenham este contaminante em suas correntes sangüíneas, e principalmente em seus tecidos de depósitos.
ENDOSULFAN
Endosulfan foi quantificado no sangue de 02 destes 181 moradores avaliados, nos valores de 0,04 e 0,07 micrograma/litro, sugerindo exposição recente, pelo fato do mesmo ser prontamente metabolizado e excretado, e não ser acumulado no organismo humano.
DDT
p,p´-DDT: foi quantificado em 44 pessoas, 24% dos 181 moradores avaliados, sendo que 39% destas pessoas são crianças.
Dosagens sangüíneas quantificadas:
Mínima: 0,05 micrograma/litro.
Máxima: 2,40 microgramas/litro,
Média: 0,30
micrograma/litro.
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p,p´-DDD: foi quantificado em 06 pessoas, 03% dos 181 moradores avaliados, variando de 0,28 a 8,40 microgramas/litro, 03 destas pessoas são crianças.
p,p´-DDE: foi quantificado em 03 pessoas, 02% dos 181 moradores avaliados, variando de 0,21 a 0,28 micrograma/litro, 01 destas pessoas é criança.
O nível médio do p,p´- DDT quantificado no sangue destes 181 moradores avaliados foi 0,30 micrograma/litro, comparando-se com os níveis médios de outras populações do Estado de São Paulo, de 0,01 e 0,07 micrograma/litro, respectivamente encontrado em população sem exposição ambiental específica, e em população exposta ambientalmente à área contaminada pelo DDT técnico (Santos Filho, E., 1998), nota-se que é da ordem de 30 vezes mais o nível médio dos moradores do Bairro Recanto dos Pássaros, quando comparados com o nível médio da população sem exposição ambiental.
O DDE quantificado na corrente sangüínea pode indicar exposição remota ao DDT, e/ou recente ao próprio DDE, como este também é um contaminante ambiental.
Comentário sobre a quantificação de
Inseticidas Organoclorados no sangue:
Quanto aos níveis sangüíneos quantificados de inseticidas organoclorados, cabe lembrar que foram rigorosamente adequados aos níveis de quantificação adotados, pois o laboratório estadual contratado pela municipalidade foi acusado absurdamente de apresentar valores abaixo do nível de quantificação dos mesmos, enquanto que os valores de organoclorados apresentados menores de 0,10 mg/L, foram apenas resultados da divisão dos valores quantificados iguais ou acima de 0,10 micrograma/litro ou nanograma/mililitro (limite de quantificação
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adotado) pelo volume de sangue utilizado para quantificação do mesmos, como por exemplo: na quantificação de 0,10 nanograma de um inseticida organoclorado encontrado em 05 mililitros de sangue, fornece um resultado final de 0,02 hg/ml ou mg/L.
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